Mineração de Bitcoin pode gerar receitas ao Brasil, afirma estudo
Um estudo realizado pela startup Arthur Inc., em colaboração com a Genial Investimentos, revela que a mineração de Bitcoin (BTC) tem o potencial de aproveitar a energia que atualmente está ociosa na matriz elétrica do Brasil.
Diante de um cenário de sobreoferta de capacidade de geração, que tem impedido o avanço de novos projetos de energias renováveis, a mineração de criptomoedas surge como uma alternativa viável para dinamizar o setor energético nacional.
Entendendo o Bitcoin e sua mineração
Antes de prosseguirmos ao estudo, vamos responder a pergunta “o que é Bitcoin?” e entender com funciona a sua mineração.
O Bitcoin surgiu em 2009 como a primeira criptomoeda descentralizada do mundo, inaugurando uma nova era para as moedas digitais. Essa inovação distingue-se das moedas convencionais, que são emitidas por governos e bancos centrais, por operar numa rede descentralizada de computadores, a blockchain. O sistema, baseado em tecnologia ponto a ponto, permite que usuários realizem transações diretamente entre si, eliminando intermediários.
A criação de Bitcoins ocorre através do processo de mineração, onde mineradores utilizam computadores avançados para resolver complexos quebra-cabeças matemáticos. Ao solucionar esses enigmas, eles têm a oportunidade de adicionar novos blocos à blockchain, sendo recompensados com Bitcoins por seus esforços. Essa recompensa não apenas motiva os mineradores a continuar seu trabalho, mas também assegura o funcionamento ininterrupto da rede Bitcoin.
Bitcoin pode gerar uma receita de R$ 300 milhões até 2026
O estudo mencionado aponta que a mineração de Bitcoin tem o potencial de gerar uma receita próxima a 300 milhões de reais no Brasil até 2026, aproveitando a energia excedente das usinas de geração distribuída solar. Essas instalações, de menor escala, fornecem eletricidade à rede nos períodos de alta demanda e permanecem inativas quando o consumo diminui.
Os cálculos, descritos como conservadores, baseiam-se em projeções de crescimento de minigeradores solares no país, com capacidade mínima de 500 kW, essencial para tornar viável a mineração do Bitcoin.
Rudá Pellini, cofundador da Arthur Inc, uma energy tech voltada para o setor, destaca que a mineração de Bitcoin se apresenta como uma alternativa eficiente para incrementar a demanda por energia, contribuindo para a viabilidade econômica de diversos projetos de geração.
O cenário energético brasileiro enfrenta desafios de sobreoferta, em parte devido às chuvas abundantes que aumentaram o armazenamento em usinas hidrelétricas, à rápida expansão das usinas eólicas e solares, e ao crescimento modesto da demanda por energia elétrica entre os consumidores.
Arthur Inc é quem lidera as operações de mineração de Bitcoin
De acordo com o estudo, a mineração de Bitcoin desempenha um papel crucial na estabilização das redes de energia elétrica, funcionando como um consumidor flexível. Isso significa que, em momentos de alta demanda por eletricidade, os mineradores têm a capacidade de desligar suas máquinas ou diminuir a taxa de operação, enquanto podem aumentar seu uso durante períodos de baixa demanda.
No Brasil, a Arthur Inc lidera as operações de mineração de Bitcoin, marcando presença significativa no setor. Atualmente, a empresa conta com 1 MW em operação e planeja expandir suas atividades com a contratação de mais 30 MW no primeiro semestre de 2024, conforme anunciado pela própria energy tech.
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