Minha Casa Minha Vida vai voltar em 2024
O programa Minha Casa Minha Vida é um programa habitacional criado em 2009, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que hoje se chama Casa Verde Amarela, renomada durante o governo do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, ainda é cedo para afirmar que o Minha Casa Minha vida vai voltar em 2024.
Na prática, é a mesma ideia de programa habitacional, no entanto, muda o nome e o enfoque dos dois políticos, que querem se associar às imagens dos programas que promete moradias a custos menores.
Promessa de retorno
Durante a campanha eleitoral de 2024, Lula prometeu que o Minha Casa Minha Vida vai voltar a partir do ano que vem, caso ele seja eleito. Atualmente, ele lidera as pesquisas e as eleições do primeiro turno acontecem no dia 2 de outubro.
No entanto, mesmo que vença, poderá ter dificuldades na retomada do programa, pois, de acordo com o plano do orçamento para o ano que vem, o governo prevê corte de 95% dos recursos destinados para o programa habitacional.
Ou seja, poderá haver ainda mais restrição, independentemente do programa se chamar Minha Casa Minha Vida ou Casa Verde Amarela.
Isso porque vai depender das dotações orçamentárias, que até podem aumentar a partir do ano que vem, durante 2024, caso a situação econômica do Brasil melhore.
Como funciona o programa habitacional
O Casa Verde Amarela usa praticamente as mesmas regras do antigo Minha Casa Minha Vida. Então, para saber o valor do desconto que o comprador vai ter, precisa saber também a renda do cidadão.
Isso porque, de acordo com a faixa de renda, o valor pode ser maior ou menor. Por exemplo, para as pessoas de camadas mais baixas, dependendo do valor do imóvel, o governo pode entrar com subsídios de mais de R$ 40 mil.
Ou seja, se a casa custa R$ 150 mil, o cidadão paga R$ 110 mil, à vista ou financiado, e o governo banca o restante do valor.
Outra questão importante do programa habitacional Verde Amarelo, antigo Minha Casa Minha Vida, é diminuição da taxa de juros na hora do financiamento do imóvel.
Até porque a ampla maioria das pessoas não tem condições de comprar um imóvel à vista. Portanto, precisam recorrer a esses financiamentos.
Assim, poderão pagar parcelas mais baratas por conta das taxas de juros. E ainda existe a questão do limite do valor do imóvel. Isso porque existe um teto para que aquela residência entre no programa habitacional do governo.
Por exemplo, se o teto for de R$ 500 mil, o imóvel não pode custar mais que isso para entrar no programa do governo federal. Isso também é uma maneira de tentar estimular as pessoas de mais baixa renda a conseguir comprar uma casa.
Oportunidade de sair do aluguel
Uma das grandes vantagens de um programa habitacional como este do governo federal é a possibilidade de não precisar mais pagar aluguel.
Além disso, poderá até pagar prestações mais baratas e até mesmo sonhar em guardar dinheiro para, no futuro, quitar aquele imóvel tão sonhado.
Por exemplo, alguém que paga em torno de R$ 1.500 por mês de aluguel, poderia pagar em torno de R$ 900 de prestação e guardar os outros R$ 600 para, no futuro, quitar o imóvel antes do prazo, que normalmente se financia em 30 anos, como a maioria dos casos no Brasil.
Além de ajudar uma pessoa a comprar um imóvel, o programa habitacional também ajuda o setor da construção civil.
Afinal de contas, vai aumentar a demanda por obras e, desta maneira, vai precisar de mais funcionários para construir as casas.
Isso sem contar o setor imobiliário, que sempre vai precisar de novos agentes para corretores de imóveis, pois, precisarão vender essas casas que estão sendo construídas.
Desse modo, quanto mais aquecido estiver o mercado imobiliário, mais emprego e renda será gerada.
Então, até por conta disso, um programa habitacional como o Casa Verde Amarela ou o antigo Minha Casa Minha Vida poderão ainda ajudar no crescimento da economia brasileira nos próximos anos.
Quando surgiu, em 2009, o Minha Casa Minha Vida aqueceu o setor, embora também tivesse inflacionado o preço de terrenos e imóveis.
Porém, o que também pode ajudar a baratear os custos dos imóveis é a redução da taxa de juros da Selic, que atualmente está em 13,75%. Por exemplo, até o início de 2023, esse valor chegou a ficar em 2%, o que, na prática, acabou barateando ainda mais o financiamento imobiliário.
Na prática, ficou até mais barato que o próprio programa habitacional.
Consequentemente, muitas pessoas no auge da pandemia da Covid-19 se aproveitaram da baixa taxa de juros para conseguir comprar um imóvel. Também é importante lembrar que, para entrar no programa habitacional, não pode ter outro imóvel no seu nome.
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