Tecnologia: tudo o que você precisa saber para comprar uma televisão em 2024

A tecnologia possui um papel cada vez mais importante em nosso cotidiano, e aparelhos eletrodomésticos já ocupam diversos espaços e funções dentro de nossas casas. No entanto, desde sua invenção no século passado, um aparelho eletrônico em particular consegue cativar o público e é frequentemente o principal sonho de consumo: a televisão. Uma tela grande na sala de estar, ou confortavelmente posicionada em um quarto, é a porta de entrada para os filmes, séries, partidas de futebol, console de videogame e muito mais.

Tamanha demanda e importância, não é de se surpreender que as tecnologias por trás dos televisores tenham evoluído consideravelmente ao longo dos anos. Em 2024, já não dependemos de tubos CRT gigantescos e com grande consumo de energia, e tecnologias eficientes como IPS e OLED oferecem contraste, cores e qualidade de imagem impensáveis há algumas décadas. Mas com tantas opções no mercado, faixas de preço muito variadas, e campanhas de marketing com informações contraditórias, qual tipo de televisão vale a pena ser comprada? Confira o que dizem especialistas.

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Smart TV ou TV convencional?

A primeira grande divisão entre modelos de televisão modernos é a categoria de smart TV versus os modelos convencionais, que ainda são vendidos por valores reduzidos no mercado brasileiro. De forma resumida, uma smartTV se trata de um aparelho televisor que também possui acesso à internet e sistema operacional com suporte a aplicativos. Essa conectividade adicional é bastante útil, pois libera acesso a apps como a Netflix, Amazon Prime Video e Disney+ diretamente na televisão – além de ser possível assistir a conteúdo extra que pode ser restrito nos canais de televisão abertos, como partidas de futebol gratuitas, conforme guia da ExpressVPN.

Ao escolher um aparelho de smart TV, é importante pesquisar sobre o sistema operacional sendo executado pela marca – alguns modelos são vendidos com sistemas proprietários que raramente recebem atualizações, novos apps ou recursos adicionais, o que significa que após alguns meses ou anos o usuário perde acesso a parte de suas plataformas de streaming favoritas. Por outro lado, televisões com o Google TV (ou Android TV) recebem atualizações e apps encontrados no Android para celulares – tornando estes modelos mais duradouros e versáteis.

No entanto, uma dica valiosa para quem deseja alcançar o maior custo benefício é a conversão de uma TV comum em smartTV: através da compra de um adaptador pequeno e barato como o Chromecast, AmazonFire Stick ou Roku TV, um painel comum pode ser transformado em uma smart TV, incluindo recursos avançados como apps de streaming, jogos, HDR e Dolby Atmos. Portanto, caso encontre uma boa promoção de uma TV com preço reduzido por não ser smart ou possuir um sistema antigo, é possível calcular o preço de um aparelho conversor e em muitos casos conseguir um ótimo custo-benefício, obtendo a mesma experiência por um valor reduzido. Essa também é uma boa opção para televisões secundárias, como uma TV extra no quarto ou cozinha, pois modelos smart com tamanhos menores de tela são mais difíceis de serem encontrados por valores acessíveis.

OLED, IPS, Quantum dot: qual tecnologia de tela vale o investimento?

Uma vez que o sistema esteja definido para obter acesso aos seus aplicativos favoritos de streaming, a próxima grande preocupação é investir em uma televisão com boa qualidade de imagem – sem necessariamente abusar da carteira. Por sorte, em 2024 as tecnologias por trás dos displays estão maduras o suficiente e não existem opções genuinamente ruins, apenas diferentes escolhas ao balancear custo, qualidade de imagem e pontos fracos:

  • Telas OLED: conhecida por seu uso em smartphones e muito popular com o público, a tecnologia OLED representa o tipo de painel mais caro e desejado para televisões. Em telas dessa categoria, cada pixel é formado por componentes orgânicos capazes de serem controlados e iluminados individualmente – isso significa que as telas OLED possuem valores de preto absolutos, completamente escuros, ao mesmo tempo que são capazes de criar áreas extremamente luminosas e coloridas. A consequência é uma imagem com contraste inacreditável, cores bem definidas, e excelente tempo de resposta para games. No entanto, os painéis OLED podem possuir brilho total inferior aos concorrentes com IPS prejudicando a visualização em ambientes luminosos, e ao longo dos anos de uso, a tecnologia OLED sofrerá com o burn in que pode reduzir a qualidade da imagem e deixar imagens “manchadas” na tela caso o conteúdo fique muito tempo sem movimento.
  • Telas LCD (LED, IPS, TN, VA): as telas LCD foram as primeiras a conquistar o público após as televisões de tubo CRT, permitindo painéis mais finos e energéticamente eficientes. Atualmente, há diversas formas diferentes de criar um painel LCD, no entanto, fundamentalmente todos utilizam a mesma tecnologia para seu funcionamento. Os painéis desta tecnologia são baseados em uma camada de cristal líquido superior e uma forte luz de fundo inferior – painéis LED substituem a luz fluorescente ao fundo por LEDs de alta eficiência, melhorando a qualidade das cores e consumo de energia. As vantagens dos painéis LCD são seu custo reduzido e maior luminosidade total, no entanto, graças ao uso de uma luz de fundo os painéis LCD são incapazes de reproduzir tons de preto absoluto, tornando-os acinzentados. Portanto, painéis LCD ainda são capazes de oferecer boas cores, mas o contraste é prejudicado. Uma vantagem dos painéis LCD é a ausência do risco de burn in.

Quantum dote display segmentado

Apesar das telas OLED e LCD (incluindo suas variantes) possuírem limitações e vantagens bem definidas, algumas fabricantes buscam mecanismos de extrair ainda mais qualidade dos painéis. A tecnologia quantum dot, por exemplo, aplica uma camada de pigmentos fosforescentes microscópicos ao painel, substituindo ossubpixelscoloridos – dessa forma, as cores podem ser mais intensas e vibrantes, com maior saturação e gama – painéis QLED ou QD-OLED possuem as mesmas características dos painéis LED ou OLED convencionais, mas oferecem cores muito mais vibrantes e precisas.

Para tentar combater os problemas de contraste de painéis LCD e LED, algumas fabricantes oferecem painéis segmentados: a luz de fundo é dividida em diversos segmentos, cerca de 100 a 500, que podem ser iluminados individualmente. Desta forma, se parte da imagem está no escuro e outra parte possui uma fonte de luz, a TV é capaz de desligar parte da luz de fundo para melhorar o contraste. Embora essa tecnologia não chegue perto da qualidade de contraste oferecida por um painel OLED, e apresente artefatos como um brilho ao redor de legendas, as TVs com LCD segmentado são significativamente mais bonitas que as TVs LCD tradicionais e podem oferecer um bom equilíbrio entre imagem e custo.

Escolher o sistema por trás da televisão e a tecnologia de painel que mais atende suas expectativas já representa a maior parte do processo de decisão ao comprar uma televisão – economizando em uma boa promoção, também é possível alocar parte do dinheiro em uma melhoria no sistema de som. Para quem deseja um sistema de home theater tradicional, a escolha de um modelo com suporte ao Dolby Atmos garantirá a melhor experiência em 2024, e para usuários com pouco espaço em casa ou menos dinheiro para a compra, uma sound bar é uma alternativa compacta mas que pode oferecer muita qualidade de som.

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Baiana, natural da capital Salvador, Luciana Simão é uma mulher sonhadora, e seu maior desejo é virar uma escritora famosa. Desde pequena gostava de escrever e atualmente uniu sua paixão com sua profissão. É formada em letras na UNISA, já trabalhou na redação de um importante jornal do nordeste e atualmente passa a maior parte do seu dia escrevendo matérias para renomados portais, dentre eles o HPG. Para falar com a colunista, deixe um comentário aqui no portal ou pelo e-mail [email protected]
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