Vinícolas Aurora e Salton vão fechar após Trabalho Escravo?

Primeiro, é válido ressaltar que em 22 de fevereiro de 2024, aconteceu uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), junto com a Polícia Federal (PF) e também o Ministério do Trabalho e Emprego, Nessa operação, foram resgatados cerca de 206 trabalhadores que viviam em condições de trabalho escravo em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Com isso, será que as vinícolas Aurora e Salton vão fechar após o trabalho escravo descoberto? Veja a seguir maiores informações sobre o caso.

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Entenda o caso das Vinícolas Aurora e Salton

Além disso, o resgate só ocorreu depois que três dos trabalhadores conseguiram fugir do local e entraram em contato com a PRF, em Caxias do Sul (RS). Ao ligar, eles relataram que tinham sido atraídos para o trabalho por conta de uma promessa de trabalho com salário de cerca em média R$ 4.000.

Além disso, os trabalhadores disseram que sofriam com atraso de pagamentos dos seus salários, além de violência física, horas a mais de trabalho e eram disponibilizadas comidas estragadas. Além disso, os trabalhadores relataram que no começo de fevereiro eles foram coagidos a não saírem do local, ou pagariam multa por quebra do contrato de trabalho.

A Polícia Federal ainda prendeu um empresário baiano que era responsável da empresa, o mesmo foi levado para o presídio de Bento Gonçalves. As vinícolas publicaram notas dizendo que não sabiam das irregularidades sofridas pelos trabalhadores contratados. Ainda ressaltaram que os trabalhadores eram contratado por empresa que prestava serviços terceirizados.

 

Vinícolas Aurora e Salton vão fechar após Trabalho Escravo?

As duas vinícolas fizerem a publicação de cartas na última quinta-feira pedindo desculpas a todos os trabalhadores que haviam sido resgatados. A aurora disse em carta aberta: “Os recentes acontecimentos envolvendo nossa relação com a empresa Fênix nos envergonham profundamente. Envergonham e enfurecem”. Em pronunciamento, a Salton disse repudiar “veementemente qualquer ato de violação dos direitos humanos” e ressaltou que não adotará “posição omissa” no caso.

Além do mais, as duas empresas foram criadas por imigrantes italianos que foram para o Rio Grande do Sul no século 19. Segundo a empresa Aurora, “O trabalho é sagrado e trair esse princípio seria trair a nossa história e trair a nós mesmos. Entretanto, ainda que de forma involuntária, sentimos como se fora isso que fizemos”, ressaltando ainda, que sua retratação virá “não apenas como discurso, mas como prática”.

Além do mais, as vinícolas se comprometeram em analisar a política interna na relação com fornecedores e demais empresas parceiras para fazer um maior controle nas etapas de produção. Além disso, a Salton disse que se compromete a erradicar o Trabalho Escravo e disponibilizar canais para que os trabalhadores consigam fazer seus relatos internos.

Inclusive, a Garibaldi, também tinha contratos com a empresa terceirizada e publicou uma carta aberta se desculpando desculpas pelo acontecimento. A empresa disse na segunda-feira: “Com surpresa e indignação, a vinícola recebeu as denúncias de práticas análogas à escravidão exercidas por uma empresa terceirizada, contratada para suprir a demanda pontual e específica do descarregamento de caminhões no período da safra da uva”.

Posteriormente, na quinta-feira, as três empresas foram notificadas pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS), dando um prazo de somente 10 dias,  para apresentar documentos que deixem clara a relação com a Fênix. Após essa operação de resgate, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento acabou com a sua participação das empresas em eventos internacionais, até a conclusão das investigações.

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Rosana S. Araújo é natural de Campinas no interior do estado de São Paulo e é formada em Administração, porém sempre foi apaixonada por cozinhar e largou tudo para tentar realizar um sonho que é ser dona de seu próprio restaurante famoso. Trabalhou como assistente de chefe de cozinha em um conceituado restaurante, onde também gerenciava as redes sociais e imprensa, com isso ganhou uma vasta experiência. Enquanto não abre seu tão sonhado restaurante, escreve, reedita e cria receitas deliciosas e é responsável por grande parte das receitas publicadas aqui nessa coluna do site HPG. Também escreve sobre os principais acontecimentos. Caso deseje entrar em contato, poderá deixar um comentário em uma receita ou enviar um email para: [email protected]
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