10 maiores quilombos do Brasil de 2024
Um quilombo é o nome dado a uma comunidade formadas em sua maioria por descendentes de escravizados fugitivos no Brasil, fato que ocorreu no período colonial, na época, essas comunidades eram formadas como forma de se esconder e se abrigar do sistema escravocratas, uma forma de resistência do povo que sofria muita opressão. Um dos quilombos mais conhecidos e estudados na história do Brasil foi o famoso Quilombo dos Palmares, tal quilombo era um dos maiores símbolos da resistência entre os escravizados. Atualmente ainda existem vários quilombos espalhados pelo Brasil, e existem algumas ONGs que dão suporte à essas comunidades, e em 2004 foi criado o programa Brasil Quilombola, dando direito de terras e desenvolvimento social para essas pessoas. E no texto de hoje, iremos falar sobre os 10 maiores quilombos do Brasil na atualidade, se quer saber quais são essas comunidades e onde elas estão localizadas, continue acompanhando esse artigo.
10 maiores quilombos do Brasil
Kalunga
Com cerca de 6 mil pessoas, essa comunidade quilombola é até reconhecida pela ONU, estando no mesmo território preservado com 262 mil hectares a mais de 300 anos. Claro que a comunidade ainda enfrenta algumas dificuldades como falta de fornecimento de água encanada. Mesmo depois de tantos anos a comunidade ainda preserva seus costumes e cultura, festas entre outros costumes.
Rio dos Macacos
Ocupada por mais de 200 anos, localizada entre os municípios de Salvador e Simões Filho, que na verdade, nos anos 60 houveram alguns conflitos territoriais entre a Marinha do Brasil e esse quilombo. Desde do ano de 2010 essa comunidade tem sofrido algumas violações de direitos pelas ações da Marinha, como falta de abastecimento de água, saneamento básico, escola, moradia, produção agropecuária, entre outros.
Cafundó
Localizada em Pirapora, município do interior de São Paulo, fundada no fim do século XIX por escravizados fugitivos de suas fazendas, tanto que o nome Cafundó significa esconderijo/refúgio. Por muitos anos essa comunidade viveu isolada do mundo externo, mas atualmente é reconhecida pelo governo brasileiro, possui cerca de 1500 pessoas, recebendo mais atenção, investimento, e projetos de desenvolvimento econômico e social. Uma comunidade rica de costumes e cultura, realizam festas como o famoso Congado, misturando cultura africana e o catolicismo.
Vargem Grande
Localizado no estado do Maranhão, no município de Raposa, essa comunidade foi fundada por escravizados que fugiram das fazendas de plantação de cana, estimada em cerca de 4000 pessoas. Infelizmente a comunidade enfrenta dificuldades socioeconômicas como falta de saneamento básico e educação. Atualmente está se tornando referência na luta pelos direitos dos quilombolas de todo o Brasi, além disso, também é referência na preservação de costumes e cultura afro-brasileira.
Conceição das Crioulas
O seu nome faz referência à Nossa Senhora da Conceição, e atualmente, a comunidade possui cerca de 120 famílias, vivendo da agricultura e pecuária própria. Essa comunidade é marcada de lutas por resistência contra a opressão social, principalmente pelo racismo, devido ao sofrimento com a violência dos fazendeiros que tentavam expulsá-los de suas terras. Atualmente esse quilombo se destacou pelas suas práticas e iniciativas de preservação da cultura afro-brasileira, e o governo têm investindo em postos de saúde, projetos de educação e escolas, entre outras iniciativas.
Serra da Barriga
Essa comunidade é remanescente do quilombo da União dos Palmares, em Alagoas, fundada de escravizados das plantações de cana de açúcar do nordeste, esse local foi onde foi originalmente fundada o famoso Quilombo dos Palmares já citado anteriormente, historicamente tido como um símbolo da resistência afro-brasileira.
Morro Alto
Esse quilombo é um dos que mais sofreram historicamente com a repressão colonial escravocrata. Atualmente ainda enfrentam problemas socioambientais como falta de saneamento básico, irregularidade na área ocupada, entre outros problemas. Localizado no Rio Grande do Sul, entre os municípios Maquiné e Osório, essa comunidade é constituída por aproximadamente 230 famílias em uma área de 4630 hectares.
São José da Serra
Esse quilombo existe a mais de 150 anos no Rio de Janeiro na cidade de Valença, comunidade esta que é constituída em sua maioria por escravizados vindos do Congo e Angola no período colonial. Atualmente estima-se que 1200 pessoas vivam nessa comunidade vivendo da agricultura e do artesanato, e ainda preservam suas culturas afro-brasileiras, bem como suas religiões.
Abacatal
Localizado no estado do Pará, há mais de 311 anos, com origem ligada aos escravizados nas fazendas de cana-de-açúcar, ainda mantém viva a sua história através da manifestação cultural, arte, religião, danças, gastronomia, festas entre várias outras formas de promover o conhecimento sobre o seu povo atual e antepassados.
Caxuté
E por último, esse quilombo que está localizado na Bahia e possui cerca de 800 pessoas vivendo no mesmo, é um quilombo reconhecido pelo governo e bem desenvolvido socialmente. Atualmente vivem da colheita de cacau, pesca de peixes e mariscos, e do artesanato muito presente na comunidade.
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