Ativos internacionais são alternativas para diversificar a carteira
Além das aplicações em bolsas de valores estrangeiras, há opções disponíveis aos investidores na B3.
Investir em ativos internacionais é uma forma de proteger o patrimônio das oscilações da economia nacional. Além disso, é uma possibilidade de diversificar a carteira e, assim, equilibrar os riscos das aplicações financeiras. No entanto, nem todos os investidores conhecem as oportunidades para realizar esse tipo de investimento.
Há aplicações que são feitas diretamente em bolsas de valores estrangeiras, como a London Stock Exchange (LSE), a New York Stock Exchange (NYSE) e a National Association of Securities Dealers Automated Quotations (Nasdaq). Mas também é possível investir em ativos internacionais por meio da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Na B3, há uma lista de BDRs e ETFs que podem ser a porta de entrada para o investidor realizar aplicações no exterior. Para investir, basta ter uma conta em uma plataforma de investimentos que dá acesso aos ativos da bolsa.
BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipts, termo que pode ser traduzido como Depósito de Valores Mobiliários. Esse tipo de investimento consiste em um certificado emitido por uma instituição nacional que representa um papel de uma empresa estrangeira.
Já ETF refere-se ao termo Exchanged Traded Fund, que em português pode ser compreendido como Fundo de Índice. Como o próprio nome já diz, esse tipo de fundo reúne diferentes ativos que são indexados a um índice.
Quando o ETF tem um índice de referência estrangeiro, ele acompanha o comportamento da economia do país em questão e, por isso, também é uma alternativa para os investidores brasileiros internacionalizarem a carteira.
Saiba mais sobre BDRs e ETFs
Tanto os BDRs quanto os ETFs integram a classe de investimentos em renda variável. Nessa modalidade, as operações são consideradas mais arriscadas, mas podem oportunizar maior rentabilidade em comparação com investimentos conservadores.
Ao investir em BDRs, o investidor não se torna sócio da empresa, como acontece com a aquisição de ações. A remuneração se dá pela valorização da empresa no exterior e o recebimento de dividendos em conta.
Até 2020, o investimento em BDR era restrito aos chamados “investidores qualificados”, que cumprem determinados requisitos. No entanto, nos últimos anos, o acesso foi democratizado.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os principais riscos do investimento em BDR estão relacionados à compreensão da operação e dos custos envolvidos. É necessário que o investidor acompanhe a economia internacional, bem como as informações sobre a empresa estrangeira em que pretende investir.
Além disso, a Anbima recomenda avaliar a tributação e as cobranças de taxas antes de adquirir um BDR. Na avaliação da associação, esse tipo de ativo atende investidores com perfis moderados e arrojados.
Dentro da modalidade renda variável, os ETFs são considerados investimentos mais seguros, sendo recomendados também para iniciantes. No caso de um ETF internacional, a orientação também é se informar sobre quais ativos compõem o fundo, qual é o índice de referência e os custos cobrados pela “transação indireta” de se investir no exterior.
Motivos para investir no exterior
Em ano de eleições no Brasil, a possibilidade de investir no exterior torna-se ainda mais atrativa. A indefinição do cenário político provoca incertezas na economia nacional, que já vem sofrendo com a crise econômica.
Para o estrategista em ações Filipe Villegas, o momento pede que os investidores priorizem a segurança do patrimônio financeiro. Nesse sentido, os títulos de renda fixa são uma opção interessante.
No entanto, o especialista destaca que quem busca um retorno financeiro maior não precisa abrir mão dos investimentos em renda variável. Nesse caso, basta optar por ativos que oferecem maior segurança, como os ETFs e os BDRs.
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