Droga digital I-Doser está viciando jovens, é verdade?

Nos últimos dias, está circulando nas redes sociais o vídeo de uma palestrante, onde é feito um alerta a todos os pais sobre uma nova e perigosa tendência no universo dos adolescentes. Pois, de acordo com informações, está se tornando popular o uso de certos tipos de músicas que causam efeitos iguais algumas drogas. Sendo assim, muitos estão se perguntando se a droga digital I-Doser está viciando jovens. A seguir, veja se essas músicas atingem áreas do cérebro parecendo drogas entorpecentes.

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Droga digital I-Doser está viciando jovens, é verdade?

Sem dúvidas, o vídeo da palestrante alertando aos pais sobre a nova tendência entre os jovens, causou bastante preocupação e medo sobre o assunto. Além disso, a reação dela é de acordo com diversos relatos de jovens publicados e compartilhados pela internet. Inclusive, um influenciador digital foi responsável por uma das publicações que viralizou, no relado Johnathan Bastos fala: “Hoje eu vou ensinar para vocês como ficar ‘locão’ sem droga e sem nada entorpecente, totalmente legalizado. Você só vai precisar de duas coisas: internet e Youtube. É fácil”.

Assim como nesse depoimento, vários outros estão se referindo ao I-Doser, um programa virtual que está vendendo experiências sonoras. De acordo com a empresa, o programa estimula o humor e oferece sensações através de músicas feitas com ondas binaurais. Além disso, essa é uma técnica bastante antiga e muito conhecida nas áreas de física e medicina.

A mistura de dois sons com diferentes frequências, mas muito parecidas, se encaixam e acaba gerando a percepção de um outro som. De acordo com o site que vende a música: “Muitos usam áudio de ondas cerebrais binaurais para relaxar, ter uma experiência recreativa, melhorar a meditação, ioga, equilíbrio holístico e muito mais. Com centenas de doses disponíveis, as possibilidades são infinitas”.

Além do mais, muitos usuários que estão tendo experiência com a frequência, estão dando relatos positivos e o que sentem ao ouvir. Um deles relatou: “Eu vi cores e padrões! Quando a dose acabou, eu ainda vi cores saltando por cerca de 15 minutos e fiquei energizado com um ótimo humor por uma hora. Foi a melhor viagem da minha vida”. Ou seja, a música está realmente fazendo muito sucesso entre todos que estão usando e a experiência tem sido positiva de acordo com eles.

É possível sons musicais terem efeitos iguais de drogas?

No entanto, segundo informações do neurologista Thiago Taya, o efeito causado pela música relatado pelos usuários não se comparo aos efeitos causados por drogas. O médico ainda ressalta que, essas ondas sonoras podem de fato interferir de alguma forma nas emoções. No entanto, não ao ponto afetar as redes cerebrais de forma relevante ou que cause danos iguais as drogas.

De acordo com Thiago: “Os sons binaurais emitidos pelo I-Doser geram uma sensação paradoxal, muitas vezes despertando empatia e aversão, e podem ser interpretadas como surreais. Se o paciente for sugestionado, pode achar que eles simulam o efeito do uso de drogas ilícitas. Mas a droga em si provoca um efeito químico cerebral muito mais impactante no funcionamento do nosso cérebro”.

Por isso, o neurologista deixa claro que as emoções podem ser afetadas e alteradas ao usar qualquer tipo de estímulo sensorial, como por exemplo,  os visuais. Inclusive, ao ver uma foto, ver uma filme, um vídeo ou algo do tipo, pode ser suficiente para alterar as ondas cerebrais. Portanto, isso é algo que pode acontecer o tempo inteiro, de acordo com as experiências vividas.

Sendo assim, os especialistas deixam claro que áudios, até mesmo os que possuem frequências variadas como esses, não conseguem causar efeitos como drogas em hipótese alguma. Além disso, são incapazes de gerar vícios, deixando a pessoa dependente. Então, por mais que os áudios tragam sensações parecidas com o de uma droga, ela jamais teria o mesmo efeito devastador.

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Rosana S. Araújo é natural de Campinas no interior do estado de São Paulo e é formada em Administração, porém sempre foi apaixonada por cozinhar e largou tudo para tentar realizar um sonho que é ser dona de seu próprio restaurante famoso. Trabalhou como assistente de chefe de cozinha em um conceituado restaurante, onde também gerenciava as redes sociais e imprensa, com isso ganhou uma vasta experiência. Enquanto não abre seu tão sonhado restaurante, escreve, reedita e cria receitas deliciosas e é responsável por grande parte das receitas publicadas aqui nessa coluna do site HPG. Também escreve sobre os principais acontecimentos. Caso deseje entrar em contato, poderá deixar um comentário em uma receita ou enviar um email para: [email protected]
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