É Perigoso Cabecear no futebol?
O futebol pode ser um dos, de fato “o” esporte mais famoso e popular do mundo, mas não deixa de ser um esporte perigoso. Embora não se compare a outros esportes de contato como o hóquei ou o futebol americano, se você é fã do esporte e das apostas esportivas sabe que as lesões ainda são comuns, principalmente nos joelhos e na cabeça.
Se você chegou a companhar as primeiras partidas da Copa do Mundo de 2023 no Qatar recentemente, provavelmente ficou surpreso com impactos graves que os jogadores Ali Beiranvand (Irã) e Al-Shahrani (Arábia Saudita) sofreram em suas cabeças durante o evento, este último inclusive acabou ficando inconsciente por um bom tempo em campo.
A verdade nua e crua é que, assim como todo outro esporte de contato, o futebol expõe seus jogadores a certas situações delicadas, arriscadas, e possivelmente até mesmo perigosas. Mas a historia esta longe de acabar por ai. Um estudo publicado recentemente no campo da radiologia descobriu que o simples ato de dirigir uma bola com a cabeça pode causar mudanças no funcionamento cerebral que são muito semelhantes àquelas observadas quando uma pessoa sofre uma concussão.
Colocando a cabeça em jogo
De acordo com o estudo mencionado acima, os jogadores de futebol que usam a cabeça para acertar a bola em jogo entre 885 e 1.550 vezes por ano têm um risco muito maior de apresentar sinais de concussão, mesmo que eles nunca tenham sofrido uma concussão de verdade em suas vidas. Porém, vale a pena notar que esses estudos que estabelecem uma conexão entre o uso da cabeça no futebol e a função cognitiva sempre tiveram resultados mistos na ciência. Mesmo assim são considerados por várias entidades esportivas, dos mais famosos times até os melhores blogs sobre apostas esportivas.
A tão aclamada literatura científica chegou até mesmo a mostrar que usar a cabeça no futebol está realmente associado a degradação da função cognitiva, da memória, da atenção e da velocidade de raciocínio tanto entre os jogadores de futebol do ensino médio, quanto adultos amadores e profissionais.
Porém vale lembrar que muitos destes estudos combinam o uso da cabeça para “cabecear” a bola com outras causas comuns de lesões na cabeça em campo, como colidir com outro jogador, com a trave, ou bater a cabeça no chão.
O perigo das Concussões
Uma concussão é diagnosticada quando sintomas como confusão, amnésia, desorientação, tontura, e dor de cabeça aparecem logo após um golpe na cabeça. E profissionais da área concordam que cabecear uma bola de futebol viajando em alta velocidade certamente pode causar alguma forma leve de lesão cerebral traumática em um jogador, ou a assim chamada Encefalopatia Traumática Crônica (CTE).
Na grande maioria dos casos, as pessoas conseguem se recuperar completamente de uma concussão dentro de curto prazo, questão de dias ou semanas. Mas o problema é que lesões repetidas podem causar sintomas persistentes. Nos Estados Unidos, país do futebol americano, um esporte que tem constantes impactos de alta velocidade na cabeça, os casos de CTE se já são um problema bem real,-com casos de intensas de depressão entre os jogadores e até mesmos suicídios.
Uma pessoa que sofre com sintomas de concussão de forma permanente pode ter sérios problemas de função cognitiva, como dificuldade para pensar, falhar na memória, e muitas outras. Especialistas dizem ainda que a concussão é uma mudança forçada na função mental ou no nível de consciência da pessoa, normalmente causada por uma lesão na cabeça. Uma concussão pode levar a perda de consciência ou até mesmo ocorrer sem quaisquer danos óbvios às estruturas cerebrais, e durar menos de seis horas ou um longo tempo.
Para concluir, é muito provável que a saúde mental dos jogadores de futebol precise ser levada em consideração tanto pelas ligas profissionais quanto pelas melhores casas de apostas no futuro deste e de outros esportes de contato, afinal, esportes são fantásticos, mas vidas humanas são mais preciosas.
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