Ergonomia no Trabalho NR-17: Tipos e importância

A ergonomia no trabalho é uma disciplina que estuda a relação entre o ser humano e o seu ambiente de trabalho. Ela tem como objetivo adaptar as condições de trabalho às características físicas, cognitivas e psicológicas dos trabalhadores, visando garantir a segurança, saúde e bem-estar do trabalhador, além de aumentar a eficiência e produtividade no ambiente de trabalho.

O conceito de ergonomia no trabalho surgiu na década de 1940, com a preocupação de adaptar as máquinas e equipamentos de trabalho às necessidades dos operadores, reduzindo os riscos de acidentes e doenças ocupacionais.

Com o tempo, a ergonomia passou a se preocupar não só com as condições físicas do ambiente de trabalho, mas também com os aspectos cognitivos e organizacionais. O objetivo da ergonomia no trabalho é promover a adaptação do trabalho ao ser humano, e não o contrário.

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Dessa forma, a ergonomia busca melhorar as condições de trabalho, prevenindo doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, além de aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho.

Entre as áreas de atuação da ergonomia no trabalho, destacam-se a ergonomia física, que estuda as condições do ambiente de trabalho, como iluminação, ruído, temperatura e espaço físico.

Assim como a ergonomia cognitiva, que estuda a relação entre o trabalhador e a informação, como a interface entre o trabalhador e as máquinas, e a ergonomia organizacional, que estuda a organização do trabalho, como a gestão de tempo, trabalho em equipe e liderança.

Deste modo, a ergonomia no trabalho tem como objetivo adaptar as condições de trabalho às características do ser humano, visando garantir a segurança, saúde e bem-estar do trabalhador, além de aumentar a eficiência e produtividade no ambiente de trabalho.

Principais riscos ergonômicos no ambiente de trabalho: como identificar

Os riscos ergonômicos são fatores que podem causar danos à saúde do trabalhador devido às condições inadequadas do ambiente de trabalho.

A seguir, listamos alguns dos principais riscos ergonômicos no ambiente de trabalho e como identificá-los:

●      Posturas inadequadas

Quando o trabalhador fica em uma posição incorreta por um longo período, pode causar lesões musculoesqueléticas, como dores nas costas, nos braços e nas pernas.

A identificação desse risco pode ser feita através da observação do ambiente de trabalho, verificando se os móveis, equipamentos e ferramentas estão adequadamente posicionados e ajustados para as características do trabalhador.

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●      Esforço físico

Levantamento de peso, transporte manual de cargas e empurrar objetos pesados podem causar lesões na coluna vertebral, no sistema nervoso periférico, entre outros. A identificação desse risco pode ser feita pela observação das atividades realizadas pelo trabalhador, avaliando se elas exigem muito esforço físico.

●      Vibrações

Quando o trabalhador está exposto a vibrações de forma contínua, pode causar danos à circulação sanguínea, problemas nas articulações e doenças ocupacionais como a síndrome de Raynaud.

A identificação desse risco pode ser feita pela observação dos equipamentos e ferramentas utilizados pelo trabalhador, verificando se eles geram vibrações excessivas.

●      Iluminação inadequada

Quando o ambiente de trabalho tem uma iluminação insuficiente, pode causar fadiga visual, dores de cabeça e problemas de visão. A identificação desse risco pode ser feita pela observação das condições de iluminação do ambiente de trabalho.

●      Ambiente térmico inadequado

Quando o ambiente de trabalho tem temperaturas muito elevadas ou muito baixas, pode causar desconforto térmico, fadiga, sudorese excessiva, entre outros. A identificação desse risco pode ser feita pela observação das condições de temperatura do ambiente de trabalho.

Deste modo, para identificar os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho, é necessário realizar uma avaliação das condições de trabalho, observando as atividades realizadas pelos trabalhadores, o ambiente físico, os equipamentos e as ferramentas utilizadas.

Uma vez identificados os riscos, é necessário adotar medidas preventivas para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

Tipos de ergonomia no trabalho: física, cognitiva e organizacional

Existem três tipos de ergonomia no trabalho: ergonomia física, cognitiva e organizacional. A seguir, descrevemos cada um desses tipos:

●      Ergonomia física

É a área da ergonomia que se preocupa com a relação entre o trabalhador e o ambiente físico de trabalho.

Essa área busca adequar as condições físicas do ambiente de trabalho às características físicas do trabalhador, visando prevenir lesões musculoesqueléticas, fadiga visual e outros problemas de saúde relacionados à postura, movimentação e repetitividade de tarefas.

Alguns exemplos de ações que podem ser adotadas na ergonomia física incluem o ajuste da altura do mobiliário, a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a adequação da iluminação e da temperatura do ambiente de trabalho.

●      Ergonomia cognitiva

É a área da ergonomia que se preocupa com a relação entre o trabalhador e as informações utilizadas no ambiente de trabalho. Essa área busca garantir que as informações sejam apresentadas de forma clara e objetiva, facilitando o entendimento e a tomada de decisões pelo trabalhador.

Alguns exemplos de ações que podem ser adotadas na ergonomia cognitiva incluem o desenvolvimento de interfaces de sistemas e equipamentos que facilitem a compreensão e a utilização das informações.

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Além da elaboração de manuais e treinamentos que auxiliem o trabalhador a utilizar as informações corretamente e a organização do trabalho de forma a evitar sobrecarga cognitiva.

●      Ergonomia organizacional

É a área da ergonomia que se preocupa com a relação entre o trabalhador e o ambiente organizacional de trabalho. Essa área busca adequar as condições de trabalho ao trabalhador, de forma a reduzir a sobrecarga de trabalho e o estresse, visando aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho.

Alguns exemplos de ações que podem ser adotadas na ergonomia organizacional incluem a elaboração de políticas e práticas de gestão que incentivem a participação e a autonomia do trabalhador.

Assim como a organização do trabalho de forma a permitir o descanso e a recuperação do trabalhador e a adequação da carga horária de trabalho às necessidades e características do trabalhador.

Deste modo, os três tipos de ergonomia no trabalho buscam adaptar as condições de trabalho às características físicas, cognitivas e organizacionais do trabalhador, visando prevenir lesões e doenças ocupacionais. Assim como aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho e garantir o bem-estar e a segurança do trabalhador.

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Suzana Firmiano é Redatora Web especialista em conteúdo para sites e blogs, natural de Fortaleza no belíssimo estado do Ceará, cursa psicologia e pretende seguir carreira na área, mas sem deixar a escrita de lado. Está sempre em busca de evolução, proativa e dinâmica, ajuda novos escritores com a produção de texto e com a publicação de seu primeiro livro. Fale com a colunista através do e-mail [email protected] ou deixe um comentário em uma de suas publicações.
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