Acidentes de Moto em 2024: Dados
Um estudo da UFMG publicado ano passado indica um crescimento de mais ou menos 53% na taxa de mortalidade por acidentes de moto no Brasil entre os anos 1990 e 2019. Além disso, em Minas de acordo com a mesma pesquisa, o crescimento foi de cerca de 37,5% no mesmo período. Geralmente, em hospitais o atendimento com vítimas em acidentes de moto são constantes. Por isso, é preciso ficar atento e pilotar com maior cautela para evitar esses acidentes.
Acidentes de Moto em 2024: Dados
Sem dúvidas, o crescimento desses números fazem acender um alerta para como é necessário discutir sobre a violência e mortalidade no trânsito. Principalmente, para as pessoas que ganham a vida pilotando veículos com duas rodas, e de acordo com o Denatran o veículo já ultrapassou a quantidade de automóveis no Brasil desde 2023. Por conta da crescente de acidentes com moto, foi criado o mês de Maio Amarelo como forma de chamar atenção para o assunto.
Além disso, de acordo com pesquisas, os números de mortes em acidentes de moto no Brasil mudou significativamente. Em 1990 o número de óbitos era de 6.156, já em 2019 o número subiu para 15.138 óbitos, ou seja, usando o método por taxa, no ano de 1990 eram 7,3 óbitos a cada 100 mil habitantes, enquanto em 2019 passou a ser 11,7 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Além do mais, esses pesquisadores focaram principalmente em apurar as taxas de mortalidade e quais eram os números reais de óbitos por causa de acidentes de trânsito com motos no Brasil ente os anos de 1990, 2015 e 2019. Segundo a coordenadora do estudo e também professora da Escola de Enfermagem da UFMG Deborah Carvalho Malta, essas datas foram selecionadas para oferecer apoio à maior compreensão dessa questão em todo país, bem como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.
Isso, pelo fato do Brasil ter se comprometido no ano de 2015, ao cumprimento das metas ODS até o ano de 2030. Além disso, uma delas é reduzir pelo menos na metade o número as mortes por acidente de moto no trânsito e de acordo com os estudos foram apontados que provavelmente esses objetivos não serão cumpridos. A pesquisa aponta que: “Em 2015, nós estávamos com uma taxa de 22 óbitos por 100 mil habitantes. Teríamos que chegar em 11 óbitos por 100 mil até 2030”. Pois, no ano de 2019, esse índice estava em uma média de 18 e 19 mortes a cada 100 mil pessoas.
Portanto, esses dados utilizados na pesquisa foram coletados com estimativas do estudo em uma Carga Global de Doenças do ano de 2019. Além do mais, o estudo foi comandado pela UFMG, tendo como parceiros universidades Federal de Goiás, de Brasília, além do Ministério da Saúde e também a University of Washington (EUA).
Além do mais, as pesquisas apontaram também que entre os anos de 1990 e 2019, teve uma queda dos índices gerais de cerca de 43% na mortalidade por acidente no trânsito, incluindo todos os tipos de acidentes. Esses números foram de 44.236 óbitos no ano de 1990 para o total de 44.529 em 2019 a cada 100 mil habitantes. Sendo assim, esse resultado é bastante afetado por conta principalmente do dos acidentes de motociclistas, com crescimento de 53%.
Quais seriam os motivos dessas mortes?
De acordo com estudos, em 1990 as taxas de morte em acidentes de moto eram pequenas, no entanto, foi crescendo à medida que o veículo começou a se popularizar. Atualmente, o país está registrando mais 44 mil mortes a cada ano por causa de acidentes de trânsito. Além do mais, de acordo com a pesquisa, mais ou menos 150 mil pessoas se acidentam anualmente, deixando-as incapacitadas de diversas atividades.
De acordo com os pesquisadores, “Muitas vezes, as regras de trânsito não são seguidas de formas adequadas. Mas uma série de investimentos nas vias, na infraestrutura, no uso de equipamentos, e na fiscalização precisam ser feitos. Até temos boas leis no país, mas falta ainda muita fiscalização”.
Além de tudo, a cada hora, uma pessoa se acidenta no trânsito e é atendida no Hospital João XXIII, uma das maiores unidades hospitalares de emergência do Estado de Minas. De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), essa é uma realidade com trajetória de crescimento em número de acidentes com motociclistas.
No ano de 2011 a 2020, cerca de 66.404 pessoas ficaram no setor de politraumatizados do hospital por conta desse tipo de ocorrência, grande parte, cerca de 59,50% pilotava uma moto. No ano de 2023 uma média de 7.211 pessoas foram atendidas, onde 66,49%, cerca de4.795 eram motociclistas. Neste ano, já soma mais de 2 mil entradas em acidentes com motos como motivo principal, cerca de 67,46%.
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