Doença de Peyronie pode impactar até 20,3% dos homens: dá pra prevenir?

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo, o pênis curvado pode causar dores, caroços e até problemas emocionais

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Você notou uma curvatura um pouco diferente no seu pênis, caroço e até dores durante o ato sexual? Isso pode significar Doença de Peyronie que, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBUSP), atinge pelo menos 10% dos homens sexualmente ativos 一 podendo chegar a até 20,3% da população masculina.

Este desvio da curvatura peniano é caracterizado pelo surgimento de nódulos no órgão genital, fazendo que ele se curve ainda mais para cima, baixo, esquerda ou direita. Como assim ainda mais? Simples: é normal que o pênis ereto tenha certa inclinação, desde que ela seja discreta.

Além dos sintomas já citados, a Doença de Peyronie pode causar prejuízos à saúde mental e à vida sexual do paciente. Por isso, preparamos este artigo explicando tudo o que você precisa saber para prevenir e tratar essa comorbidade!

Quais as causas da Doença de Peyronie?

Ter esta alteração na curvatura do pênis é causada pelo surgimento de fibroses no pênis, mais especificamente na túnica albugínea do órgão. Elas são microlesões causadas pela repetição de movimentos repetitivos, principalmente durante a penetração 一 já que o “instrumento de trabalho” está mais pressurizado e sensível.

Isso pode ser influenciado, por exemplo, pela má lubrificação e até pela posição sexual escolhida 一 afinal, algumas podem causar impactos caso o homem “erre a mira”. Essas fibroses resultam em assimetrias no pênis, alterando a curvatura na região onde a fibrose ocorreu.

No entanto, a prática sexual não é a única coisa que pode causar a Doença de Peyronie. Tabagismo, fatores genéticos, doenças hereditárias e idade são outros fatores de risco 一 com a condição sendo mais frequente em homens acima dos 40 anos.

A Doença de Peyronie é apenas um problema físico?

Entre os principais mitos sobre o pênis curvado, vale destacar que ela é apenas um problema físico. Afinal, o órgão está muito associado à autoestima do homem e, por isso, quaisquer irregularidades possuem influência forte no emocional do paciente.

Segundo o cirurgião vascular Dr. José Mário Reis, 70% dos casos de disfunção erétil têm origem na mente. “Os 30% restantes apresentam uma disfunção orgânica que pode ser vascular de origem arterial, hormonal e, em pequeno número, resultado de alterações na anatomia do pênis, como ocorre na doença de Peyronie”, explica.

Além disso, a condição pode causar ansiedade, depressão, estresse, prejudicar a autoestima e até problemas para dormir. Isso quando não gera desgastes na relação do casal, gerando transtornos muito além do pênis torto. Por isso, tratar a comorbidade muitas vezes não é feito apenas com um urologista, como também com acompanhamento de um profissional de saúde mental.

Como prevenir a Doença de Peyronie?

A boa notícia é que, apesar dos sintomas mencionados acima, a Doença de Peyronie é benigna. Ou seja, não oferece riscos à saúde do paciente mesmo que não seja tratada 一 quer dizer, nada além dos transtornos na vida sexual e dores que você com certeza quer prevenir.

Nem sempre os homens cuidam do pênis como deveriam 一  o que pode causar infecções, câncer e até amputação do “amiguinho”. Além da higienização, é necessário ter cuidado durante as relações sexuais, evitando forçar ou dobrar o órgão. Deve-se certificar que ele penetrará em locais com boa lubrificação, já que isso ajuda a evitar lesões.

Outro cuidado importante é evitar usar roupas e cuecas e calças muito apertadas ou dormir de bruços. Por causar pressão no pênis e nos testículos, isso pode gerar prejuízos à saúde da genitália masculina.

Fique atento também a eventuais alterações no órgão como afinamento ou perda de comprimento, que costumam acompanhar a curvatura da Doença de Peyronie. Dores durante a ereção, inclusive nas famosas ereções noturnas, podem acompanhar a comorbidade.

Para completar a cartilha da prevenção, ter uma rotina saudável é central para escapar dos fatores de risco da condição 一 seja ela do ponto de vista físico quanto emocional. Pratique atividades físicas além das quatro paredes e tenha uma alimentação balanceada, o que ajuda também a evitar outras doenças.

O último cuidado é manter visitas frequentes a um urologista de sua confiança, já que o profissional pode avaliar o que está acontecendo e indicar o melhor tratamento 一 sejam eles medicamentos orais, cirurgia, uso de próteses penianas ou terapias intralesionais.

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Rosana S. Araújo é natural de Campinas no interior do estado de São Paulo e é formada em Administração, porém sempre foi apaixonada por cozinhar e largou tudo para tentar realizar um sonho que é ser dona de seu próprio restaurante famoso. Trabalhou como assistente de chefe de cozinha em um conceituado restaurante, onde também gerenciava as redes sociais e imprensa, com isso ganhou uma vasta experiência. Enquanto não abre seu tão sonhado restaurante, escreve, reedita e cria receitas deliciosas e é responsável por grande parte das receitas publicadas aqui nessa coluna do site HPG. Também escreve sobre os principais acontecimentos. Caso deseje entrar em contato, poderá deixar um comentário em uma receita ou enviar um email para: [email protected]
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