Reflexões sobre os jogos de setembro do Brasil

A estreia aconteceu. O que muitos temiam e alguns antecipavam com entusiasmo aconteceu. E deixou opiniões polarizadas, dando algo para os fãs pensarem.

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É difícil avaliar o jogo contra a Bolívia – o adversário é muito fraco

Não faz muito sentido analisar detalhadamente uma vitória sobre o eterno lanterna do continente devido à fraqueza do adversário. Além disso, o Brasil era o favorito de longe, de acordo com a maioria dos bookmakers, incluindo o Mostbet Brasil.

Em geral, deve-se falar sobre o nível médio decrescente das equipes no continente e, consequentemente, sobre a queda da oposição para os dois principais gigantes da América Latina. Existe hoje alguma equipe além da Seleção e da Albiceleste capaz de ambicionar ganhar pelo menos a Copa? Não. Absolutamente não. A final inesperada do Peru 4 anos atrás e o placar final são a exceção que confirma a regra. A competição, não as séries recordes, cria equipes verdadeiramente fortes.

Considerando isso e a cotação para a Copa do Mundo que aumentou desproporcionalmente, o principal neste biênio não é vencer a todo custo, acumulando o máximo de pontos (embora isso também seja um bônus agradável), mas preparar-se da melhor forma para o Mundial. Com Tite, o Brasil obteve recordes em pontos, gols marcados e sofridos, mas na fase final, ninguém estava mais interessado. E historicamente, nos últimos 40 anos, o Brasil terminou em primeiro lugar exceto uma vez.

Contra a Bolívia, era evidente como, contra uma fraca resistência, os jogadores assimilaram as ideias do novo técnico após 3 dias de treinamento. O jogo contra os Incas foi bom. Mesmo que historicamente no Brasil eles tenham sido facilmente superados.

Mesmo sem um gol rápido, sem converter um pênalti. As chances, o controle, o prazer de jogar não deixaram dúvidas de que 1-0 após 45 minutos era simplesmente um mal-entendido.

A equipe quebrou o recorde de posse de bola de 10 anos. Como Diniz exigiu, não deixou o adversário respirar. E no segundo tempo, quebraram a barreira. Não esperaram muito e em 15 minutos facilmente transformaram o jogo em uma goleada. Os bolivianos reagiram e marcaram um gol bastante acidental. Gabriel, que parecia bom durante todo o jogo, foi muito gentil com Abrego, e Marquinhos, até o último momento, não decidiu se deveria cobrir ou não. Mas no final do jogo, os brasileiros restauraram o status quo.

Neymar superou Pelé

Sem dúvida, o principal resultado deste jogo foi o recorde quebrado de Pelé em gols pela seleção. E foi Neymar quem fez isso, provocando novamente intensas discussões sobre ele.

Está ele entre os cinco melhores na história do Brasil, ou entre os dez, ou é uma figura superestimada? Cada um decide por si. Para mim, ele é o jogador mais talentoso do Brasil nos últimos 15 anos, e não vejo ninguém no horizonte com talento comparável. Pode-se discutir o quanto quiser que ele não tem títulos significativos com a seleção, que não ganhou o prêmio de melhor do mundo, que sua carreira após o PSG está em declínio e assim por diante… E daí? Em termos de habilidade futebolística, intelecto, e legado no futebol, ele ainda é um dos jogadores mais brilhantes do século 21. Por mais que se critique suas lesões, lágrimas, festas, aniversários da irmã e outras polêmicas fora do campo.

O jogo contra o Peru foi muito mais complicado

Logo após a Bolívia, veio o Peru. Tradicionalmente espinhoso, áspero, que não se importa em fazer faltas pequenas. Em um campo tradicionalmente ruim para o final do inverno em países com clima mais frio que o Brasil.

Tendo assumido a iniciativa, o Brasil por muito tempo não soube o que fazer com ela. Para Neymar e Casemiro, provavelmente foram os piores jogos com a camisa amarela. A quantidade absurda de erros em, o que pareciam ser, simples passes pelo meio e ao se aproximar da área. Gimarães também não esteve presente. Vendo isso, os defensores recuaram para suas configurações padrão e começaram a insistir pelas laterais. Passes apressados sem propósito e jogadores que não entendiam que tipo de jogo estavam jogando. Havia uma grande lacuna entre o que Diniz queria e o que a equipe estava fazendo. A mensagem inicial não chegou aos jogadores.

E não é sobre a má circulação da bola ou o estilo de jogo errado, mas mais sobre sua abordagem como treinador. Veja o último gol de Neymar contra a Bolívia. A equipe tinha muito mais confiança na posse de bola e estava calma o suficiente para avançar pacientemente em direção ao gol adversário. Na terça-feira, tudo isso estava irreconhecível, e o Peru merece crédito por isso. Não acredito que a culpa seja de Diniz, é mais dos jogadores.

Mas Diniz também teve seus erros. Um treinador que admiro, tem a coragem de tirar um defensor e adicionar outro meio-campista ou um atacante. Ele poderia ter substituído Gabriel Magalhães, que estava nervoso, e colocado Martinelli muito mais cedo, para que, por exemplo, Neymar e Rodrigo recuassem para o meio-campo. SABEMOS que são essas mudanças que ele faz no clube. Além de Diniz não ter a coragem de correr esse risco, ele também não teve a coragem de tirar o pálido Casemiro do jogo e substituí-lo por André.

Ele não confiou em quem conhece bem sua filosofia e poderia ser a chave para resolver os problemas com a saída de bola, controle de ritmo e dinâmica do meio-campo.

Conclusão geral

6 pontos garantidos, mas queremos ver algo diferente. Técnico e equipe são capazes disso. E Marquinhos se tornou o defensor mais prolífico da história da Seleção, e o próximo gol o tornará o líder indiscutível.

A vitória em Lima não pode esconder alguns pontos fracos que precisam ser melhorados ou, melhor ainda, eliminados. Quando a situação no campo se complicou, muitos jogadores começaram a buscar sua zona de conforto. Começaram a jogar como estão acostumados em seus clubes. Movimento ruim, esperando ao invés de buscar a bola, se rebaixando ao jogo de flanco.

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Baiana, natural da capital Salvador, Luciana Simão é uma mulher sonhadora, e seu maior desejo é virar uma escritora famosa. Desde pequena gostava de escrever e atualmente uniu sua paixão com sua profissão. É formada em letras na UNISA, já trabalhou na redação de um importante jornal do nordeste e atualmente passa a maior parte do seu dia escrevendo matérias para renomados portais, dentre eles o HPG. Para falar com a colunista, deixe um comentário aqui no portal ou pelo e-mail [email protected]
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