Governo vai censurar versículos da Bíblia das redes sociais com PL 2630?
Tem circulado nas redes, a notícia que o Governo vai censurar versículos da Bíblia das redes sociais com PL 2630. O controverso PL das Fake News (PL 2630/2020) ainda está em análise na Câmara e também provoca debates acalorados no plenário do Senado. Mas, alguns parlamentares críticos à proposta, focada na regulação de plataformas e redes sociais, argumentam que o projeto restringirá a livre expressão de opiniões.
Governo vai censurar versículos da Bíblia das redes sociais com PL 2630?
Por outro lado, o autor do projeto, senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), afirma que estão distorcendo o verdadeiro propósito da proposta. Além disso, ele esclarece que direitos como a liberdade de expressão estão garantidos na Constituição e não serão cerceados.
Nas últimas semanas, o Projeto de Lei 2630/20, conhecido como “PL das Fake News”, tornou-se central no debate político nacional. Durante a discussão sobre diferentes perspectivas, a bancada evangélica emergiu como um dos setores mais ativos contra o projeto.
Inicialmente, a preocupação do grupo era de que o PL pudesse censurar opiniões religiosas contrárias a modelos de família e sexualidade que não seguissem os padrões heteronormativos. Nas extremidades desse argumento, alguns representantes da bancada evangélica.
Como por exemplo, os pastores Marco Feliciano, Sóstenes Cavalcanti, o ex-procurador Deltan Delagnol e outros – alegaram que, se o PL fosse aprovado, versículos da Bíblia precisariam ser alterados ou removidos. Além disso, pastores e igrejas que sustentassem a ideia de que a homossexualidade é pecado seriam silenciados e perseguidos.
Veja a postura da bancada Evangélica
Com base nessa postura, um grupo da bancada evangélica, liderado principalmente pelo deputado Cezinha de Madureira, procurou negociar com o governo. Com intuito de garantir que o texto do projeto incluísse a proteção das opiniões decorrentes do exercício da liberdade religiosa.
Além disso, embora a demanda tenha sido atendida, a maioria da bancada seguiu em uma campanha fervorosa contra o projeto. Portanto, o grupo sustentava que, mesmo com a alteração no texto, as plataformas de mídias sociais estariam sujeitas à pressão de grupos pró-LGBTQIA+. O intuito seria remover conteúdos de igrejas e líderes religiosos relacionados a temas de sexualidade e gênero.
Além disso, argumentavam que os religiosos enfrentariam disputas exaustivas e incerteza jurídica devido às suas posições. A linha de raciocínio dos argumentos da bancada evangélica sobre o PL 2630/20 não é inédita. Na verdade, aqueles que acompanham o grupo há algum tempo podem identificar semelhanças entre esses argumentos e os relacionados ao PLC 122/2006, que propunha a criminalização da homofobia.
Desse modo, era totalmente previsível que o confronto atual ocorresse. No entanto, a principal similaridade entre os projetos de lei é que ambos foram amplamente empregados para posicionar os setores evangélicos contra a esquerda e, mais especificamente, o PT.
No caso do PL 2630/20 (o PL das Fake News), ocorreu uma produção massiva de conteúdo nas redes sociais por líderes religiosos, atacando não apenas o projeto, mas também o governo e a esquerda em geral.
Entenda mais sobre as mensagens Falsas
As informações falsas a respeito do PL 2630/20 apresentavam diversas distorções, mas compartilhavam a ideia central. Da qual, diz que o governo estaria perseguindo igrejas e tentando suprimir a religião no país para instaurar uma ditadura.
Sendo assim, essas mensagens ativam e reforçam narrativas antigas, o que leva uma parcela significativa de evangélicos a se posicionar contra o governo. Nas próximas eleições, como de costume, políticos de direita ou extrema direita acionarão os mesmos gatilhos para atrair evangélicos à sua plataforma política.
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